quarta-feira, 24 de junho de 2009


[Um Punhado de delicadezas]

Se eu vou te amar
São boas minhas razões
Pra que te amar
Por que razão te confessar
Boas razões pra te amar
Não vou mais confessar

Talvez seu charme me atraia
Talvez a tal solidão
Má sorte ou belas palavras
Talvez um vício em paixão

Abraçar é quente
Beijar é chama
Pensar é ser humano
Fantasiar também
Nascer é dar partida
Viver é ser alguém
Saudade é despedida
Morrer um dia vem
Mas amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo



É tanta coisa que eu não sei
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você

[...]
Pra me explicar por que
Como isso foi acontecer?
Por que, em tão pouco tempo
Faz tanto tempo
Que eu te queria?


Eu vim do avesso
Reverso do que é aceito
Ninguém sabe tudo
Nada é perfeito
Eu escuto fora
Com o ouvido de dentro
Eu me alimento
Do meu silêncio

Eu quero matar a vontade
Enquanto tenho saúde e idade
Fazer um pouco de tudo
Manter a alma
Pra poder ganhar o meu mundo



Meu amor, se eu tiver que me perder
Seja com você, ou pensando em você


Vou tentar
Manter o coração
Aberto pra você
Apesar dos outros
Apesar dos medos
Apesar dos monstros
Nos meus pesadêlos

Vou tentar
Manter o coração
Aberto pra você
Apesar dos trincos
Apesar dos trancos
Apesar dos dias repetidos, que são tantos


Se um dia me quiseres te darei
Meus melhores olhares
Com a vida farei malabares
Aos olhos de Deus milenares
E mesmo que a dor varra os ares
Como aviões longe dos hangares
Te darei prazer apesar dos pesares



Nem tudo que acaba aqui
Deixa de ser infinito

[Todas as letras in "Pelo sabor do Gesto"]

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